quarta-feira, 11 de junho de 2008

Publicidade, Consumo e Meio Ambiente

- O requeijão cremoso já pesou 270 gramas, passou para 250. Hoje a maioria tem 220 ou 200 gramas. Até pouco tempo atrás o copo de requeijão era de vidro e podia ser reaproveitado. Hoje o copo é de plástico e tão pequeno que vai para o lixo.

- O tempo de decomposição do isopor no meio ambiente é indeterminado. As bandejinhas usadas para expor carnes, frios, frutas e legumes nos supermercados são feitas exatamente desse material.

- Não é a publicidade que põe amônia no cigarro para aumentar a ação viciante da nicotina. Mas ela ajudou a vender cigarro e a formar uma cultura tabagista, mostrando imagens de pessoas bonitas, saudáveis, ricas e felizes.

- Os produtos são cada vez mais descartáveis. Via de regra, duram três dias além da garantia. Como consertar é quase tão caro quanto comprar um novo, o antigo vai para o lixo.

- Não é a publicidade que cria computadores mais potentes ou celulares mais modernos a cada três meses. Ela cria o desejo de compra. Quem precisa ou acha que precisa compra. O velho ou seminovo muitas vezes é descartado.


Ao redor do mundo se proliferam movimentos que buscam equacionar o problema do crescimento econômico com a degradação do planeta. Um deles é o BAWB - Business as an Agent of World Benefit, ou "negócios em benefício do mundo". Criado em Cleveland (EUA), em 2002, busca identificar e promover casos de empresas que conseguem ser lucrativas ao mesmo tempo em que trazem benefícios concretos para as comunidades nas quais atuam.

Em Curitiba será realizado o Global Forum América Latina, entre os dias 18 e 20 de junho. O evento é inédito e vai reunir líderes empresariais, acadêmicos, membros do governo e da sociedade civil para discutir as mudanças necessárias na cultura e nos modelos de ensino das escolas de administração. O objetivo é garantir que a próxima geração de líderes já saia dos cursos de graduação, pós e mestrados, orientados e capacitados para o desenvolvimento sustentável.

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