Foi para enfraquecer o PCC em SP, que o governo do estado resolveu dividir os líderes do movimento por diversos presídios, dentro e fora do estado. Mato Grosso do Sul e Paraná foram os primeiros estados a receber os presos.
Mais de dez anos depois, pelo menos três episódios reforçam a ligação do PCC com o Paraná: o Departamento de Estado americano divulga relatório afirmando que a cidade de Guaíra, na fronteira com o Paraguai, está “tomada” pelo PCC. Policiais da Rone matam seis homens em Colombo, em uma região que seria base da organização, de acordo com a própria PM. A delegacia de Morretes prende cinco pessoas, todos integrantes da facção, segundo os investigadores.
Os episódios recentes servem para confirmar uma conclusão que as autoridades paulistas já chegaram há muito tempo. A estratégia de isolamento dos líderes não só deu errado, como nacionalizou a atuação do PCC. Desde que recebeu três dos líderes do PCC em 98, o Paraná transformou-se, junto com Mato Grosso do Sul, na principal base de operações do grupo depois de São Paulo.
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, Clayton Auweter, afirma que recebe relatos constantes sobre a movimentação do PCC . “Existe, não há como negar. Mas, de certa maneira, conseguimos controlá-los dentro dos presídios. E fora deles, tem uma lei. Quem é do PCC e não colabora com a irmandade, morre. Boa parte das mortes que envolvem tráfico de drogas vem daí.”
Apesar das evidências, as autoridades ainda são cautelosas para comentar a atuação do grupo no Paraná. Parece que não querem alarmar a população. Vão esperar estarmos coagidos. Pedidno licença pra sair de casa.
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